segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

A Pirâmide Perdida.wmv



quarta-feira, 10 de agosto de 2011

HISTÓRIA DA "DONA ZEFA" E FAMÍLIA por SÔNIA VERONEZ

VOU POSTAR, A HISTÓRIA DE VIDA DA SRA JOSEFINA, CONHECIDA  COMO "DONA ZEFA", E SUA FAMÍLIA, VAMOS CONTAR JUNTO COM O PARALELO DO QUE ESTAVA ACONTECENDO NO BRASIL E NO MUNDO AO MESMO TEMPO! HISTÓRIA CONTADA POR SUA FILHA MAIS VELHA SÔNIA.

Em 1910 no Estado da Bahia Cidade de Ilhéus, nascia José Alves Pereira, um dos doze filhos de Joaquim. José era lavrador durante o dia e boêmio a noite desde menino gostava muito de dançar e ouvir música de viola. Assim como seus irmãos era analfabeto, nenhum dos filhos de Sr. Joaquim tinham certidão de nascimento (Só vieram ter muitos anos mais tarde, quando seus filhos já adultos tiraram a certidão de todos da família.

O Brasil no início da república, onde a República Velha era dominada pela elite agraria paulista, mineira e carioca. Sofrendo ainda com reflexos da escravidão. Pois ainda havia muito domínio por parte dos coronéis. O país estava cheio de imigrantes italianos que vieram para substituir os escravos nas plantações das fazendas.

O time de coração da família Pereira estava sendo fundado Sport Club Corinthians no bairro do Bom Retiro em São Paulo, a luz de um lampião por quatro operários.


Em 1916 nascia na Bahia, na cidade de Matinha Belarmina descendente de uma tribo indígena, (qual origem ela não soube explicar) fruto de um amor proibido foi rejeitada pela mãe, e adotada por uma família dona de sítio na cidade. Sofreu muito, pois a mãe adotiva também não gostava dela, ela e de outro irmão adotivo.
Trabalhavam de forma desumana e apanhavam muito, também era analfabeta e não se importava com isso.

Em 1916 a Primeira Grande Guerra devastava o mundo, mas lá em Matinha.no sertão baiano a vida continuava como sempre.

No final dos anos 20 inicio da década de 30 no Brasil se inicia uma onda de protestos contra a República Velha, pois não se aquentava mais o domínio dos coronéis. Os militares com o movimento tenentista entre outros. O então Presidente Washington Luís é deposto.Na década de vinte o mundo, sofria forte tensão, pois com a crise da quebra da Bolsa de Nova Iorque, muitas empresas faliram, houve muitos suicídios,. Já no Brasil em 1922 acontecia a ruptura com “arte importada”. Acontece a semana de arte moderna no Teatro Municipal em São Paulo. Foi uma verdadeira revolução no mundo artístico. Nesse período Mario de Andrade, Oswald de Andrade Tarsila do Amaral entre tantos outros artistas brasileiros mostram sua arte inteiramente nacional. Getúlio Vargas já estava no poder, com uma política extremamente nacionalista. A ditadura no Brasil estava nascendo.

Chega o ano de 1929, José e Belarmina se encontram em uma festa no sítio, se apaixonam e se casam meses depois. Ele com 19 anos e ela com 13. Foram viver em um sítio na mesma cidade, José e Belarmina trabalhavam no sítio como lavradores durante a semana e nos finais de semana iam dançar nos sítios da redondeza. Eram jovens e felizes. Belarmina engravidou de seu primeiro filho aos 13 anos de idade e dois meses após o nascimento de Júlio (primogênito) engravidou novamente. Nesse período decidiram vir para o interior de São Paulo, pois tinham promessas de melhor remuneração no trabalho como lavradores. Vieram de navio, a viagem foi longa e durante a mesma Júlio e Abner pegaram febre amarela.

Quando chegaram à fazenda onde iriam trabalhar, na cidade de Birigui interior de São Paulo no ano de 1931 (aproximadamente), instalaram-se em uma casa de colono dentro de uma grande fazenda que cultivava algodão. Belarmina e José trabalhavam juntos, nessa altura Bela já estava grávida de seu 3º filho. Quando Manoel nasceu, na região onde moravam teve um surto de malária o bebê foi quem pegou primeiro e aos nove meses faleceu. José, Belarmina e os meninos também pegaram a doença. Nesse período a família sofreu muito, pois seus parentes ainda estavam na Bahia, eles estavam sozinhos e doentes. Por um período viveram doentes e como mendigos, até que uma alma caridosa os acolheu e levou-os até um hospital onde ficaram internados por vários meses. Após a recuperação foram contratados para trabalhar em outro sítio na cidade de Anápoles interior de São Paulo.


Em 1931, o governo decretou a obrigatoriedade do ensino religioso nas escolas públicas. Esta aproximação entre Estado e Igreja também foi marcada pela inauguração, a 12 de outubro de 1931, da estátua do Cristo Redentor no Corcovado. O historiador Boris Fausto afirmou que a Igreja, em troca, “levou a massa da população católica a apoiar o novo governo”. Em relação ao ensino superior, o governo procurou estabelecer as bases do sistema universitário, investindo nas áreas de ensino e pesquisa. Foram contratados jovens professores europeus como Claude Lévy-Strauss que se tornaria, mais tarde, o criador da antropologia estruturalista.

Além de haver um desenvolvimento educacional, houve uma verdadeira revolução cultural em relação à República Velha. O modernismo, tão criticado antes de 1930, tornou-se o movimento artístico principal a partir do golpe de Vargas. A Academia de Letras, tão admirada antes, não tinha mais nenhum prestígio. A cultura predominante era a popular que, com o rádio, desenvolveu-se por todo o Brasil. Como analisou Antônio Cândido, “nos anos 30 e 40, por exemplo, o samba e a marcha, antes praticamente confinados aos morros e subúrbios do Rio, conquistaram o país e todas as classes, tornando-se um pão-nosso quotidiano de consumo cultural”.

No entanto, foram os intelectuais partidários da Revolução de 1930, como Caio Prado Júnior, quem tiveram um papel essencial no processo de desenvolvimento cultural do Brasil. Sérgio Buarque de Holanda, com Raízes do Brasil principalmente, influenciou muito o desenvolvimento do nacionalismo no Brasil. Em este ensaio, Sérgio Buarque de Holanda buscou entender como se fez o processo da formação do Brasil como nação. Analisou a história desde a chegada dos ibéricos à América até os anos 1930. Este livro, como apontou Antônio Cândido, formou a mentalidade de muitos estudantes a partir de 1936, quando foi publicado. Nesse livro, Sérgio Buarque de Holanda não só analisa o passado, mas também dá os objetivos brasileiros para o futuro, principalmente no último capítulo do livro (Nossa Revolução).
Raízes do Brasil demonstrou que a independência do Brasil não se fez em 1822, pois a formação de uma nação não só se devia entender em relação à administração. O Brasil, para o autor, só seria independente quando não houvesse mais marcos, a não ser o passado, da era colonial. O retrato que Sérgio Buarque fez do livro é extremamente comparativo e psicológico. O conceito de “homem cordial”, que estudou em seu quinto capítulo, caracterizou o brasileiro como tendo uma personalidade única, diferente da dos europeus.
Mas, como disse, “com a simples cordialidade não se criam os bons princípios”. Por isso, defendeu tanto a industrialização e a centralização do poder, pois eram características da era pós 30

A segunda grande guerra estava quase nascendo, e a família Pereira continuava crescendo, era o ano de 1935 e nascia a primeira menina: Josefina. Os Pereiras haviam recuperado a alegria. Todos os sábados tinha festa era baile até tarde da noite, e José com seu terno branco e chapéu de lado, namorava como adolescente deixando a pobre Belarmina descontente com seus três filhos ainda pequenos e um quarto a caminho, esperando, esperando seu lindo José voltar da farra e descansar em seu colo. Ela não se importava com a traição o importante é que o marido era dela, e dele ela só largaria quando a morte os separasse. E assim foi muitos anos depois. Belarmina teve dez filhos: Cinco homens e cinco mulheres.


Josefina, a mais velha nascida em 1935, quando a guerra estava estourando, e o Brasil chorando pelos seus pracinhas que iam para longe e muitas vezes não voltavam e quando voltavam ah! Quando voltavam não eram mais os mesmos, muitos enlouqueciam outros vinham mutilados... Nessa época houve muita tristeza no mundo. Mas a alegria de Belarmina era sua filhinha Josefina que tal como o pai era alegre e bem disposta.

Adorava a dança e a família, mas na lavoura também labutava com seus irmãos e seu pai. Até que um dia da roça se cansaram, ouviram dizer que em São Paulo havia fábricas que de operários precisavam e para lá se aventuraram. Vieram meio sem rumo, ficaram na casa de conhecidos até que uns foram contratados pela Indústria Anderson Clayton outros pelas Indústrias Matarazzo e outros foram fazer serviços domésticos. Foi nessa época que Josefina conheceu Vital, ela já tinha mais de vinte anos e com seu vestido rodado e cabelos bem arrumados conquistou e se deixou conquistar por seu amado.


Getúlio Vargas tomou posse do governo no dia 3 de novembro 1930, data que ficou registrada como sendo o fim da Primeira República. No início de seu governo, com a centralização do poder, Vargas iniciou a luta contra o regionalismo. A administração do país tinha que ser única e não, como ocorria na República Velha, ser dividida pelos proprietários rurais. Muitas medidas que tomou “no plano econômico financeiro não resultaram de novas circunstâncias, mas das circunstâncias impostas pela crise mundial”².

O Brasil dependia demais do comércio do café para que o novo presidente o abandonasse. Para controlar a superprodução e a crise no Brasil, Vargas mandou destruir todos os estoques de café. Mesmo, com a crise mundial, conhecida como “crash de 1929”, houve uma intensa aceleração do desenvolvimento industrial.

Entre 1929 e 1939, a indústria cresceu 125%, enquanto na agricultura o crescimento não ultrapassou 20%.

Esse desenvolvimento deu-se por causa da diminuição das importações e da oferta de capitais, que trocaram a lavoura tradicional em crise, pela indústria. Mas, foi a participação do Estado, com tarifas protecionistas e investimentos, que mais influiu nesse crescimento industrial. Diferentemente do que ocorreu na República Velha, começaram a surgir planos para a criação de indústrias de base no Brasil. Esses planos realizar-se-iam com a inauguração da usina siderúrgica de Volta Redonda em 1946.


Era o ano de 1960. Viva o amor e a liberdade Beatles, Caetano, Chico,maconha e amor livre.
Josefina e Vital estavam em mundo mais alienado eram operários e via essa tal liberdade como ameaça, pois comunista comia criancinhas e roubavam as casas, por isso a massa não queria saber de modernidade, o que importava era garantir o emprego na fábrica, e continuar cantando e tocando músicas de viola. O rádio era a estrela dessa gente, quem tinha um grande rádio tinha o mundo nas mãos, radionovelas, shows ao vivo de Tonico e Tinoco, Marlene, ainda que esses episódios estivessem ficando para trás, pois a televisão já era realidade, mas nem toda família podia ter uma, o jeito era assistir na cada da vizinha que tinha o poderoso aparelho. Coitada da vizinha se soubesse nem tinha.

E foi em Outubro de 1961 que Vital e Josefina se casaram, fizeram festa, comemoraram, porem não puderam tirar fotos pois não tinham recursos.Com certeza se amaram. Foi um amor com altos e baixos, empregos na fábrica, cachaça e ciúme marcaram essa união. Porém a maior marca foram os frutos daquele amor: seus filhos Sônia e Roberto. Josefina mulher batalhadora que não tinha medo do serviço nem do amor.

Amava seu esposo com todos os defeitos, aliás, ela fazia que não os via preferia admirar suas qualidade que também eram muitas.

Vital homem bonito, charmoso, de um tudo sabia fazer, mas a cachaça, ah! Mardita não o deixava ser feliz. Também vindo lá do Paraná, vindo pra trabalhar junto com a família que se reuniu só para fugir da roça ingrata, pois antes cada um vivia num canto Vital foi criado nas fazendas como moleque sem dono que fazia do gole de pinga seu cobertor pras noites frias e do cigarro um sossego pro estomago. Criado assim largado acabou se viciando na cachaça, mas o coração era bom como bocado de mel. Não era muito de conversa, mas era precisar pra ele ajudar. Amava sua esposa, mas o vicio vencia o amor, só que o amor não desistia e ia lá vencer o vício e assim foi até o dia que Deus resolveu chamar Vital.

Os filhos foram por ele amado, era querido por muitos um bocado, se tivesse tido oportunidade com certeza doutor seria, pois inteligência para isso tinha, e não era pouca sabia muito sem nunca ter pegado em caderno. Pena que nosso país desdenhou e desdenha até hoje de uma educação digna para todos. Se tivessem estudado ,a história de Vital e Josefina teria sido outra, pois eram inteligentes, criativos e cheios de vontade de aprender. Josefina se contentava em ler fotonovelas e se sentia feliz por já ter trabalhado em fábrica. Seu sonho era que sua filha Sônia fosse datilógrafa e trabalhasse em escritório, pra não sofrer o que ela já tinha sofrido. Quanto a estudar Josefina e Vital já se sentiam felizes por ver seus filhos na escola pública quando terminassem o primário torciam para que fizessem o ginásio e assim teriam o que nenhum dos dois haviam tido.


Na década de 60 o mundo estava de pernas pro ar, a música mudava, os governantes mudavam

Em 1960 (até então, a capital federal era o Rio de Janeiro). O programa de governo de JK ajudou a impulsionar nossa industrialização, mas aumentou imensamente à crise econômica. Os trabalhadores arcaram (como desde sempre) com os prejuízos. Aí, em 1961, Jânio Quadros é eleito. Porém, ele renuncia sete meses depois. João Goulart, o vice, assumiria, mas os parlamentares impediram, adotando o sistema parlamentarista de governo, onde Goulart governava, mas não mandava (pode-se resumir assim). Em 1963, o parlamentarismo é derrubado, e, antes que Goulart pusesse em prática seu projeto de reformas sociais, estoura o Golpe Militar de 1964. Goulart é deposto, e o governo brasileiro fica nas mãos dos militares. Uma nova Constituição mina a democracia, pois agora o presidente era eleito indiretamente (pelos membros do governo, e não pelo povo). E a ditadura militar se estende até 1984. As décadas seguintes a 1964 caracterizam-se pela censura, perseguição a inimigos políticos, guerrilhas promovidas pelas forças da esquerda,

Em 1962 Sônia filha de Josefina nasceu. Que felicidade para os pais e para toda família. As outras filhas de Belarmina também já tinham seus filhos, ou estavam a caminho. Abner foi quem deu os primeiros netos para Bela e José. nasceu Marlene nos anos 50, linda como uma flor e muito paparicada pelos tios e avos, logo depois nascia Gilmar o primeiro neto homem, e não é que Belarmina ainda tinha uma filha quase da idade de Marlene : Sueli a raspa do tacho, tão meiga e delicada e também tão amada pelos seus pais e irmãos. Sueli tinha tanto respeito pelos irmãos que eram tão mais velhos do que ela que os chamava de tio, tia. Ela era uma menina muito frágil, tinha um problema no coração. Dizem que de tanto amar a família e ser amada seu coração não coube só do lado esquerdo e se adiantou para o lado direito também. Ela sofria muito fisicamente e a família sofria junto, pois não aquentavam ver sua filhinha sofrer tanto.

A família se reunia nas festas de Natal, e aos sábados sempre havia dança na casa de Bela e José. Os filhos dos filhos continuaram chegando só na década de 60 nasceram:

Duas coisas deixavam José e Belarmina muito tristes: a doença cardíaca de Sueli e a fuga de Ana (tia Nega) para o interior. Ana fugiu para se encontrar com seu grande amor: Norberto, ela foi viver com o marido na cidade de Pedregulho (interior de São Paulo).

Sueli por causa de seu problema de saúde não conseguia estudar direito, pois sempre tinha que faltar (fez várias cirurgias no coração), tinha dificuldade no aprendizado mais era muito esforçada. Aliás, não só Sueli tinha dificuldade no aprendizado Ana apesar de ter ficado quatro anos no 1º ano não conseguiu se alfabetizar convencionalmente, a única coisa que “decorou” escrever foi seu nome, mas o escrevia copiando de algum lugar (sempre trazia uma cópia consigo) não conseguia ler o próprio nome (dilexia?). Os outros filhos de Bela e José estudaram o suficiente para aprender a ler e escrever, pois tinham que trabalhar. Voltando a falar de Ana que fique entendido que não conseguiu se alfabetizar, mas era muito inteligente e alegre. Sabia fazer de um tudo. Cozinhava maravilhosamente bem, era uma excelente manicure, muito criativa e generosa. No entanto a vida não lhe ofereceu muitas flores, mas nem por isso ela deixou de sorrir, , contando histórias e infelizmente sofrendo ao mesmo tempo, e volta a mardita da cachaça que foi uma das grandes responsáveis pelos sofrimentos de Ana,pois seu marido era alcoólatra.

Voltando lá nos anos 50, o mundo havia recém saído da guerra, e José enfrentava sua própria guerra. Vir para a cidade de São Paulo não foi assim tão bom para ele. Homem que se criou na lavoura, tralhando de forma livre, sem chefes, tendo como teto o céu e como paredes o vento e as árvores, não se acostumou trabalhar em uma fábrica, sendo vigiado o tempo todo, trabalhando em ambiente fechado. Um dia no meio do expediente ele arrancou o uniforme e foi embora. Queria liberdade, queria respirar cheiro de mato. Malandro por excelência, mas não vagabundo José empregou os filhos, pois quase todos estavam na fase adulta, e tanto fez que conseguiu que arrumassem emprestado um pedaço de terra para ele cultivar. Ai sim José foi ser feliz, não se negava a acariciar a terra e colocar nela sementes férteis, que tratava com carinho e colhendo seus frutos, os distribuía para os filhos (que muitas vezes achavam um “saco” tanta verdura e legumes,)e vendia um pouco aqui outro ali.

O que mais se admira é de José ter seguido seu coração, apesar de ser um homem analfabeto, requisito tão importante para sociedade, não se deixou alienar pelo sistema capitalista, não se entregou aos braços da produção de fábrica seu lugar era nos braços da mãe terra, era o cultivo, o sol no rosto o vento no corpo: a liberdade. Apesar de todos os golpes que a vida desferiu em José, a arte do amor era seu maior tesouro, o seu corpo não foi só de Bela, pois José não conseguiu amar uma só mulher era ele um eterno apaixonado, no entanto, seu coração era só dela e o dela só dele. Esse amor é eterno, pois onde estiverem sei que estão juntos e se amando como sempre.

“Hoje eu quero a rosa mais linda que houver E a primeira estrela que vier Para enfeitar a noite do meu bem Hoje eu quero paz de criança dormindo E abandono das flores se abrindo Para enfeitar a noite do meu bem Quero a alegria de um barco voltando Quero ternura de mãos se encontrando Para enfeitar a noite do meu bem Ah! Eu quero o amor ... o amor mais profundo Eu quero toda a beleza do mundo Para enfeitar a noite do meu bem !”
(Dolores Duram)

Quanto a Bela mulher forte e delicada, amorosa e simplesmente Bela lutou tudo que tinha de lutar, amou sem nada cobrar. Tinha um coração enorme de bondade. Nunca reclamava, apenas aceitava. Ajudava a todos que precisavam sem sair de sua casa. Dona Bela era benzedeira em frente de sua casa quanta gente batendo palmas procurando para benzer seus filhos contra: quebranto, caxumba, erisipela, mal de ciamoto, e tantas outras doenças por ela diagnosticadas. E não é que as pessoas ficavam boas! Nunca negava atender ninguém e nada cobrava por isso. Dizia ser dom de Deus, e presente de Deus não se vende, se reparte.

Em 21 de Abril de 1960, a capital do Brasil é transferida do Rio de Janeiro para Brasília.

Em 12 de Abril de 1961 Yuri Gagarin torna-se o primeiro homem a entrar no espaço. Em 61 também é construído o muro de Berlim

Em 1962 nasce Sônia Maria Alves da Silva, a terceira geração de mulheres fortes, guerreiras, sem medo da luta nem do amor.

Em 62, é realizada a Copa do Mundo de Futebol no Chile. O Brasil torna-se bicampeão mundial.

No I Festival de MPB (1965), com a canção Arrastão, de Edu Lobo e Vinicius de Moraes, Elis Regina começa a fazer sucesso no cenário musical brasileiro.

No final da década tem início o tropicalismo, importante movimento cultural brasileiro.

Em 1969, dizem que o homem chega á Lua por meio da missão Apollo 11. Porque será que até hoje não voltou lá?

No final da década de 60 o mundo protesta incansavelmente pela guerra desnecessária do Vietnã
Em 1962 como foi citado acima nasce Sônia, sua mãe não poderia ter escolhido nome melhor, pois Sônia sempre foi sonhadora, o nome, combina com ela.
“Sereno eu caio eu caio, sereno deixa cair, sereno da madrugada não deixou
meu bem dormir”


A infância de Sônia foi ótima, tinha o amor da família, tinha um irmão – Roberto um pouco mais novo que ela – muito distraído, não gostava de estudar e sim de empinar pipas. Os vizinhos eram ótimos, que saudades tem Sônia de Dna Lô, Dione, Nanci, Madrinha Dna Odette (que na atualidade, infelizmente está com mal de Alzheimer) e tantos outros personagens importantes nos momentos de felicidade e nos que não eram tão felizes assim. No mesmo quintal por um bom tempo morou tia Maria, que tia maravilhosa. Mulher ativa tinha na ocasião dois filhos Tânia e Jair, todos se davam muito bem, como toda família havia momentos de conflitos, mas no fim tudo acabava bem.

Em plena ditadura militar, quando a maiorias dos artistas que protestavam contra a ditadura estavam exilados, Roberto Carlos e seus adeptos faziam muito sucesso e uma das músicas que fazia grande sucesso era: “Que tudo mais vá para o Inferno” dona Bela não gostava que as crianças cantassem essa música, dizia que era música do demônio, ela também costumava assustar seus netos quando faziam muita bagunça dizendo que se não parassem os comunistas iriam pega-lo e come-los.


“Estava a toa na vida meu amor me chamou pra ver a banda passar cantando coisas de amor”
(Chico Buarque)

A vida de Josefina e Vital era muito difícil, quando ele foi demitido das Indústrias Matarazzo, pois estava doente (com barriga d aguá) ficou muito revoltado, eles viveram dias difíceis, mas nunca deixaram de se amar. Sônia e Roberto viam a vida decorrer assim meio sem apoio, Sônia se apegava a avó materna (Bela), mas a avó paterna (Manoela) sempre vinha visita-los e ela gostava muito dela também, mas a vó Bela era um anjo de guarda.

Fica muito marcado o ano de 1969 quando Sônia tinha 7 anos e já iria para a escola, ela queria muito isso,era um sonho, o que ela mais queria que virasse realidade era vestir o uniforme do primário, saia azul marinho pregueada, camisa branca meias três quarto e sapatos pretos. Via suas amigas indo para a escola (pois eram um pouco mais velhas) e morria de inveja. Sua tia Sueli que por viver sempre doente chamava a atenção de toda a família, das professoras e de muitos vizinhos, pois Suelizinha (era assim que era chamada) era uma pessoa meiga, carismática e todo mundo gostava muito dela, só a Sebastiana adolescente muito espirituosa às vezes lhe dava um chega, mas era coisa de adolescente, no intimo gostava da irmã como todos. Sônia criança, via na tia Sueli, uma espécie de inimiga, pois ela não a deixava brincar com suas panelinhas de alumínio dizia que iria quebra-las, e como via todos a paparicando o tempo todo... No fundo o que queria era ser amiga de tia Sueli só para brincar com as coisas dela.


Sueli não aquentou muito tempo o seu coração estava grande demais de amor, e anatomicamente também então ela teve que partir mais cedo, deixou saudades, seus pais seus irmãos e até mesmo Sônia que morria de ciúmes dela sofreram muito com sua partida, mas ela era um anjo e os anjos não pode ficar muito tempo aqui na terra.

“Receba as flores que lhe dou em cada flor um beijo meu. São flores lindas que te dou rosas vermelhas com amor, amor que por você nasceu”
(Milton Cézar)


Anos 70 músicas animadas, protestos, alienação, ginásio diurno com uniforme, avental para quem estuda a noite. Década maravilhosa copa do tri, golpes exilio e morte. E agora José? E agora você? Filmes brasileiros que misturam pornochanchada e protesto, músicas na Praça da Sé. Essa década foi especial para Sônia, pois nela ela escondeu suas frustrações, seus medos, e caminhou com o medo dos outros.
Sônia estava no ginásio, não ia nem bem nem mau, como diz o Rafa(filho de Sônia) era uma aluna medíocre em relação aos estudos. Gostava do perigo, do diferente, por isso foi participar de grupos de teatro (teatro oficina/São Paulo), cabular aula para ver grupos de MPB se apresentando na Praça da Sé, participando de grupos de jovens na igreja católica, carregando jornais considerados proibidos escondidos na bolsa de couro, sem nunca tê-los lido, ouvindo Chico no começo mais porque as pessoas falavam que era proibido, depois porque gostava mesmo. Fazendo tudo isso sem deixar de aprender passos da coreografia dos embalos de sábado a noite, e das músicas do Tim Maia entre outros. Escrevendo poesias e trocando-as com as amigas. Bons tempos.

“Roda mundo roda gigante roda moinho roda pião, o tempo rodou num instante as rodas do meu coração”
(Chico Buarque)



Em 21 de junho de 1970 - Brasil se torna tricampeão do mundo de futebol.
“Cantava viva a liberdade, mais uma carta sem esperar de sua guitarra o separou fora chama pra guerra”
Nos anos 70 muitos acontecimentos marcaram o mundo, no Brasil a ditadura militar continuava no poder. No Chile Pinochet, derruba o governo de Salvador Allende. Os Estados Unidos são derrotados e finalmente termina a guerra no Vietnã. Em 74 em Portugal acaba o regime militar.
Em março de 1975 Ernesto Geisel assume o a presidência do Brasil.Seu sucessor quatro anos depois é Figueiredo, outro general. A ditadura continua.
A discoteca foi o principal fenômeno musical de todos os tempos, ela trouxe novas maneiras de comportamento, de consumo, ditou a moda, nos anos setenta mudou muito do que parecia ser definitiva na música pop mundial.
A meta principal e exclusiva da música era de dançar, ou melhor, de facilitar a dança para todos, já que seu próprio balanço não requer grande habilidade corporal como no rock, por exemplo, que exige e possibilita uma expressão corporal maior.


Nos anos 70 e oitenta as rádios que mais eram muito ouvidas pelos jovens eram: rádio Exelcior “A máquina do som” e Difusora disputavam a audiência entre o público jovem. Os rádios que tinham opção FM eram caros, por isso essas rádios faziam muito sucesso.
As Frenéticas tiveram grande destaque na era da discoteca, assim como Lady Su,(mais pra brega) Sidney Magal, brega mais adorado pela mulherada, entre muitos outros. A de se dizer que a música não era de muita qualidade, mas era bom dançar (pelo menos era o que se pensava) dançar e se manter alienado.
A música encanta ao passo que a AIDS começa seu caminho de destruição. Alcançando seu auge nos anos 80 e noventa.
“Não me convidaram pra esta festa pobre que os homens armaram pra me convencer”


Sônia era uma das poucas jovens de sua idade que gostava de Chico Buarque, Caetano Veloso, Gil... Suas colegas comentavam como ela podia gostar de músicas que não se entendia nada, nem dava para dançar.
No ano de 1977, morre Elvis Presley, enquanto isso no Brasil Caetano, Clara Nunes, Roberto Carlos, Rita Lee entre outros faziam uma mistura de melodias que agradavam muito a públicos muito diversificados.
A televisão bombava no Brasil, Chico City, Vila Sésamo, A grande família e as novelas claro fazia muito sucesso. O brasileiro adora TV.

Os anos 70 foram mágicos, Belarmina conformada com a vida, Josefina de certa forma também e Sônia cheia de sonhos, medos e vivendo da melhor forma que podia, enfrentavam a vida como se ela fosse um gigante medonho que poderia engoli-las a qualquer momento.

“São as águas de março fechando o verão é a promessa de vida em seu coração”
(Tom Jobim)

Anos setenta e oitenta foram os anos mais bombásticos que o Brasil viu até hoje (na minha visão) penso assim, pois foram nessas duas décadas que vivi parte da infância, a adolescência e juventude. Tudo era uma bomba!!!.No fim da década de 70,Sônia terminou o ginásio, porem antes de terminar o ginásio já procurava trabalho, na época se começava a trabalhar com quatorze anos. Teve muita dificuldade (como dizia vó Bela dificulidade) de ingressar no mercado de trabalho pois era mal preparada. Conseguiu por meio de uma vizinha uma bolsa no Senac e lá fez vários cursos como: datilografia, notista faturista entre outros, logo que terminou conseguiu emprego sem dificuldades.


Sem muito apoio dos pais (não por desinteresse, mas por falta de condições e por não saberem como agir) foi fazer o colégio técnico de informática (só por causa do nome do colégio: Módulo), pois lá tinha cursinho e ela adorava andar com as apostilas do colégio para os outros pensarem que fazia cursinho. O colégio era pago e o que recebia no seu primeiro emprego como auxiliar de escritório mal dava para pagar o colégio, seus pais não tinham condições de ajuda-la então o obvio aconteceu acabou parando de estudar, e só retornou um ano depois. Na verdade Sônia não foi para a escola pública (antigo colegial) porque tinha medo de não passar no Vestibulinho. A escola era muito diferente do que é hoje.

A ditadura na época, havia muitos filmes sobre o assunto, falando de exilio e torturas, porém ficavam pouco tempo em cartaz, logo eram censurados quando não o verdadeiro objetivo dos filmes passava despercebido. Nas universidades (principalmente na PUC) os estudantes se reuniam na frente das mesmas convidando jovens para participar de grupos “proibidos”, ficavam sentados nas calçadas questionando, fazendo protestos... Sônia nunca havia prestado um vestibular, pois as faculdades particulares eram caríssimas e a USP impossível, então se contentava em ficar na frente da PUC com uma amiga tão doida quanto ela ouvindo palestras, sentada na calçada, na verdade o que queria era participar do momento e realizar meio que superficialmente seu sonho de ir para a faculdade. Sua prima Cleonice que também era sua melhor amiga conseguiu passar no vestibular da PUC, ela sempre foi muito inteligente, arrumou emprego em um banco e foi ser feliz. Infelizmente na época não conseguiu concluir o curso, mas hoje é pedagoga e está novamente nas salas da PUC para concluir o curso começado lá no passado: Letras. Sônia e Cecilia (amiga querida) não perdiam nem um evento, peças de teatro gratuitas, ou com ingresso ganhos nas rádios, ou em outras promoções, shows no Ginásio do Ibirapuera do Djavan, Simone, Moraes Moreira entre outros, shows no Tuca: Alceu Valença, Boca Livre entre tantos outros.

A realidade dessas mulheres fortes e ao mesmo tempo frágeis como pétalas de rosas mudas literalmente. Sônia se casa com José Antônio em 1984. Ele assim como ela gostava de teatro música brasileira, e poesia. E o principal assim como no primeiro dia de namoro se amam até hoje. Seu verdadeiro e único amor, amigo, amante, confidente.

“Momentos são iguais aqueles em que eu te amei. Palavras são iguais àquelas que eu te dediquei”
(Boca Livre)

Por meio do casamento Sônia encontrou o mais belo dos tesouros a maravilha de ser mãe de Rafael e André.


Antes de se casarem José Antônio e Sônia eram militantes do PT (muito diferente do que é hoje). Trabalhavam para o partido por vontade de ver um Brasil melhor.
Mesmo depois de casados os comícios que Lula fizeram em São Paulo foram apreciados pelo casal. Afinal nos comícios de Lula tinham Chico, Taiguara, entre tantos outros talentos. E a torcida para “Lula Lá” era forte.


Em 2 de abril de 1982: Argentina invade as Ilhas Malvinas. Começa a Guerra das Malvinas entre Argentina e Grã-Bretanha.
Fevereiro de 1980: fundação do PT (Partido dos Trabalhadores) em São Paulo.
Em 1984: Movimento Diretas Já (movimento que pedia a volta das eleições diretas para presidente do Brasil).
Em 1985. Tancredo Neves é eleito, de forma indireta, presidente do Brasil. Porém, morre antes de assumir o cargo. Assume o vice-presidente José Sarney. Fim da Ditadura Militar no Brasil.

A década de 90, foi recheada de surpresas, e nem todas tão boas.
Em Em 1992 o Rafael entra para a primeira série, nesse ano também nasce Adriana que simboliza entre outras mulheres da família a quarta geração.

As caras pintadas vão as ruas pedir o impeachment de Fernando Collor, por roubo e corrupção.
O Real é criado em 1994, durante o governo de Itamar Franco, esse plano resultou no controle da inflação. Fernando Henrique no mesmo ano é eleito Presidente da República.

Em 1996 morre PC Farias misteriosamente. PC foi tesoureiro de campanha de Collor deMello em 1989. Da morte concluiu-se que a namorada de PC o matou e se suicidou em seguida. Será?


No ano de1994 morre Ayrton Senna da Silva, para mim o maior piloto de todos os tempos. Deixou saudades.

O casal José Antônio e Sônia compra seu primeiro carro: um fusca branco do ano de 1965. E a família ficou muito feliz. André e Rafael adoraram. Enquanto crianças se encantam com o primeiro carro velho no de sua família, jovens ricos e embriagados põe fogo em um índio que dormia em um ponto de ônibus. Triste notícia pelo índio que sem defesa morre queimado e pelos jovens que sem noção, sem limites, sem nada, apesar de pensarem que tinham tudo não tem absolutamente nada. Onde estarão eles agora?

O Brasil e o futebol, Ronaldo da o título de campeão mundial para França. Será que foi assim mesmo?

O ano 2000 se aproxima, será que o mundo vai acabar como dizem as profecias? Acarretou em pânico coletivo na virada do ano de 1999 para 2000. O temor deu-se à possibilidade dos computadores retrocederem ao ano de 1900, acarretando em prováveis prejuízos financeiros nos bancos, bolsas e em todo o sistema. Os mais pirados acreditavam que o mundo acabaria na virada do milênio. Bem, nada aconteceu.

O ano mudou sem problema e cá estamos vivinhos da silva!


Chega o século XXI

No ano de 200 muitas coisas mudam para família. José Antônio e sua família mudam de cidade. Vão morar em Itanhaém. Linda cidade do litoral paulista, em busca de melhor qualidade de vida. Lá descobrem alegrias e encantos.

Muitas coisas mudam no país nesse novo século, a pobreza extrema continua, porém a fome da uma pequena trégua... Será? As faculdades abrem suas portas, mas a qualidade de ensino continua ruim e muito questionável.

Nesse século se luta pela inclusão, pelo fim do racismo, por cotas, pro uni, projetos... Voltando na qualidade do ensino, será que adianta querer mudar sem melhorar a base da educação brasileira?

Na família de Sônia e José os meninos mudam de escola, casa, amigos, vizinhos novos, e o mar como mais recente amigo da família. Toda a família tem uma paixão em comum: o mar. Caminhar e correr a beira da praia é o passeio preferido dos quatro.


Em 2004 retornam a São Paulo, o filho mais velho já na faculdade, o mais novo André no ensino médio, trazendo mais uma filha de coração Daiana esposa do Rafael, doce como mel, mas determinada sabendo muito bem de seus objetivos. Está terminando faculdade de secretariado na UNIP.
Daiana nasceu em Itanhaém. Foi criada de forma diferente, aprendeu desde cedo pescar no riu junto com seu pai, o mar para ela e seus irmãos não era novidade, o ar puro também não. Porém se achava muito limitada, não via novos caminhos, por isso hoje prefere a poluição de São Paulo a ter que voltar para Itanhaém para morar. Lá só a passeio.


No ano de 2009 o casal completou 25 anos de união e comemoraram junto com a família esse momento tão especial.

A gripe suína alarmou e levou muita gente, a dengue também e pensar que isso pode ser evitado, basta um pouco mais de higiene.

Lula então presidente, não pode mudar as coisas como imaginávamos em nossa juventude, mas algumas coisas parecem estar melhores. Como diz Cazuza, Chauí e o Prof. Ramon a Ideologia oculta à realidade. Por incrível que pareça ainda não exercitamos nossa cidadania, todos vivem a cultura do medo. Porém ainda votaria no Lula. Se isso é alienação ou coisa parecida sinceramente não sei dizer. Meus pais e avós amavam Getúlio Vargas, minha sogra é Malufista, da pra entender?

O filho mais velho de Sônia :Rafael estudante apaixonado de História do Egito, compositor e dos bons, poeta. Apaixonado por futebol e pelo Corinthians. Está com 25 anos.


Um outro filho querido do coração é o Arthur, que está sempre do nosso lado. É doce, sincero, amigo. Outro anjo que caiu do céu.
O segundo filho de Sonia: André com 23 anos está formado em tecnologia em automação industrial pela Fatec, e está no 3º ano de engenharia na UFABC. Não quer saber de compromissos sérios. Diz que constituir família é coisa séria demais. Por isso o momento para ele é de aproveitar a vida e terminar seus estudos. Assim como o pai trabalha no Itaú na área de tecnologia e adora o que faz.


O casal tem vários filhos do coração e um deles, anjo que caiu do seu e quebrou as asas, para nossa felicidade, é o Márcio,Publicitário, terminando a faculdade de direito. É uma das criaturas mais doce e linda que tenho a felicidade de conhecer.

O gosto pelo saber, sempre foi uma marca registrada dessa família, todos gostam de ler de estudar, afinal a vida é um aprendizado constante. No decorrer da vida Sônia não pode estudar em uma universidade, mas estudou muitas coisas. Hoje é formada como técnica em enfermagem, além de tantos outros cursos profissionalizantes, porem sua verdadeira paixão só está se realizando agora no curso de graduação de pedagogia.

A vida está lhe oferecendo essa nova oportunidade que agarra com unhas e dentes. Não está sendo fácil percorrer esse caminho, conta com sua amada família. Seus filhos, sua nora, seu esposo, seus sobrinhos, afilhados, mãe. E tantos outros queridos que moram em seu coração.

As mulheres homenageadas dessas quatro gerações Belarmina, Josefina, Sônia e Adriana. Que são guerreiras, fortes preparadas para luta.

Nossa Adriana hoje com 18 anos, se confundiu no caminho, engravidou um pouco cedo demais, mas nos deu um lindo presente: o Guilherme que hoje está com 25 dias. Um menino lindo com um grande desafio pela frente. E nós estamos aqui para ama-lo muito e ajuda-lo no que precisar.

A família de meu esposo que me é muito querida. Minha sogra descendente de austríacos e alemães, seus pais vieram no inicio do século passado fugindo da guerra. Meu sogro muito querido que não está mais entre nós, que também é descendente de europeu – italiano – gente boa e amada. Meus cunhados e cunhadas que tenho em meu coração como irmãos queridos, e meus sobrinhos que são para mim meio filhos. Meu muito obrigado pois todos fazem parte dessa caminhada, da história de nossas vidas, da história de nosso país, da história de nosso planeta.

A minha querida vó Bela que hoje faz parte da imensidão do universo, meu carinho eterno, a meu avô patriarca de uma linda família meu amor e admiração e a meu pai doutor por excelência sem nunca ter pisado em uma sala de aula meu eterno amor.


Toda a vida de Belarmina, Josefina e Sônia foram dedicadas a família e as crianças, de diferentes formas.

Com certeza na encarnação anterior fomos educadoras.

Continuo trabalhando com crianças, e quero continuar enquanto viver nesse planeta, e se houver crianças para cuidar quando eu partir gostaria muito que me fosse confiada essa maravilhosa tarefa..

Hoje com 49 anos, me sinto como se tivesse voltado aos 18, só que com mais maturidade e determinação.

Obrigada aos anjos, as energias de luz. Obrigada ao Cristo que governa nosso planeta, a Deus nosso criador acima de todas as coisas.

Que a luz e a paz possam habitar nosso planeta, permitindo assim que os homens se reconheçam criaturas de uma energia muito maior que é Deus e assim façam seus papéis de buscar a cada segundo a evolução para habitarmos um mundo melhor.























UM DOS POEMAS PREFERIDOS DA SRA JOSEFINA!

Repara, além das rosas do teu horto,
Onde a luz do teu sonho brilha e mora,
Os romeiros que seguem, vida a fora,
Padecendo aflição e desconforto.

Infortunados náufragos sem porto,
Tristes, rogando a paz de nova aurora,
Levam consigo a dor que clama e chora
Sob as chagas do peito quase morto...

Não te detenhas!... Vem, socorre e ajuda
A multidão que passa, inquieta e muda,
Implorando-te amor, consolo e abrigo!

Reparte o pão que te enriquece a mesa,
Estendendo o teu horto de beleza,
E o Mestre Amado habitará contigo. 



Francisco C. Xavier

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Esses são os Versos da Simplicidade!


Dizem que a verdadeira felicidade está nas coisas mais simples da vida! Em nosso mundo caótico, em nossa selva de pedra, esquecemo-nos desses valores e cada vez mais buscamos a felicidade sempre em objetivos inalcançáveis e não lembramos que basta olhar em volta nos gestos simples, em um mero gesto de carinho, em um conto de uma “vozinha”, sobre o passado de como era tudo tão mais fácil no campo, na simples alegria de tomar um café a tarde em um dia qualquer com a família, e aquele ser a melhor sensação do mundo, afinal tudo nesse cenário se traduz em um simples porém infinito significado da verdadeira felicidade, do verdadeiro Amor!

Pensando nesses dias, decidi criar esse espaço, sem intenção alguma de querer ter milhões de visualizações ou ter algum tipo de status.

Criei para justamente homenagear e deixar registrado os versos e contos de “uma vozinha” da minha vozinha a Sra. Josefina nascida em 12/07/1935 na pacata cidade de Coroados no interior de São Paulo e que se erradicou na Capital aos seus 19 anos. Por que como disse sempre achei a felicidade em seus simples gestos, sua amável dedicação para conosco, seus “Cafés da Tarde” que tanto em trouxe paz para quem estava ao redor.

Certa vez descobri que a Sra. Josefina escrevia seus simples versos em um caderno com um intuito apenas de expressar seus sentimentos, sem mais.
Em um mundo onde as pessoas fazem de um tudo para aparecer, inflamando o seus egos, tal atitude me comoveu bastante. Então decidi criar este blog para deixar registrado e que esse legado de simplicidade perdure sempre!